O SUCESSO DAS COXINHAS

O SALGADO MAIS CONSUMIDO DO PAÍS GANHOU NOVOS RECHEIOS, CONQUISTOU PALADARES EXIGENTES E SE TRANSFORMOU NUMA EXCELENTE OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO.

A história diz que a coxinha de galinha foi criada por uma cozinheira da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, para agradar ao filho do casal que adorava coxa de galinha. O tempo passou, o salgado se popularizou e hoje faz parte do cotidiano dos brasileiros, principalmente em festinhas de aniversário em família. Mas, há alguns anos, a iguaria ganhou status e virou um negócio rentável, com apresentação em tamanhos variados e novos recheios (alguns inusitados), além do tradicional frango desfiado. Uma das redes pioneiras foi a Zé Coxinha, criada a partir de um negócio de família em 2011, em Vila Velha, no Espírito Santo.

O negócio começou numa loja pequena, que exigiu investimentos de R$ 60 mil, e dois anos depois virou franquia. Hoje são 66 lojas – seis próprias e 60 franqueadas, espalhadas por quatro estados, além das unidades capixabas: Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que negociam milhões de unidades do salgado por mês.

A iguaria começou a ser produzida com 6g. Mas, com a mudança de estratégia dos negócios, passou a pesar 15g. A porção com 15 unidades é vendida a R$ 3; e com oito a R$ 1,50. O faturamento bruto ultrapassa R$ 500 mil. “Nós fabricamos apenas a coxinha de frango tradicional. A produção é centralizada e distribuída por nossa frota própria de caminhões frigoríficos”, informa Victor Fornaciari, membro da família que controla o negócio.

Para ser um fraqueado do Zé Coxinha, é preciso desembolsar R$ 52 mil, investimento que inclui loja montada e estoque. O retorno do capital acontece de 12 a 18 meses. O faturamento bruto pode oscilar entre R$ 15 mil e R$ 90 mil, dependendo do ponto comercial. O lucro líquido fica na casa dos 15%.

 

VARIEDADE DE SABORES

O modelo de negócio da Coxinha du Chef (dos amigos e sócios Renato Iarussi, Rodrigo Mendes e Roberto Minelli) começou a ser desenhado em 2012 e consumiu R$ 5 milhões de investimentos – já considerando a fábrica que abastece todas as unidades da rede. A primeira loja foi inaugurada no ano seguinte, chamando a atenção do público pela variedade de sabores: hot dog, feijoada, acarajé, camarão, bacalhau e milho, além dos recheios de brigadeiro e doce de leite.

A empresa opera no sistema de franchising desde 2014 e atualmente já são 32 unidades distribuídas por oito estados brasileiros. O plano de expansão de 2017 prevê a inauguração de 24 novas lojas. Para Léia Nascimento, gerente de expansão da marca, o diferencial dos produtos é a diversidade de recheios. “O cone misto com dez coxinhas de 12gr custa R$ 5 e o cliente pode escolher os sabores de sua preferência”, diz ela, informando que também são produzidas unidades com 60gr e 110gr.

São dois modelos de franquia: loja express e loja conceito. No primeiro, o investimento inicial sai por R$ 82 mil – já incluída a taxa de franquia – com expectativa de retorno do capital entre 24 e 30 meses. O faturamento bruto fica em torno de R$ 35 mil e o lucro líquido mensal (descontados royalties e taxa de publicidade) é de 15% a 18%. No segundo, o investimento é de R$ 138 mil, retorno entre 24 e 30 meses, e faturamento estimado em R$ 48 mil mensais.

 

PRODUÇÃO AUTOMATIZADA

Na outra ponta do negócio, um empreendedor ganhou o mundo fabricando máquinas de fazer coxinhas. A Bralyx foi pioneira neste mercado e hoje exporta para mais de 60 países, adaptando as máquinas para atender à cultura gastronômica de cada canto do mundo, como o kibe árabe ou o bolinho de bacalhau português. O carro-chefe do negócio são as máquinas de fazer coxinhas, que representam 85% das vendas. São vendidas por mês 120 unidades. As de pequeno porte produzem cerca de 2 mil salgadinhos por hora; as industriais, 19 mil.

O valor dos equipamentos é a partir de R$ 19 mil. “Muitas máquinas são vendidas no exterior para brasileiros que migraram e montaram negócios com coxinhas no exterior”, explica Vanessa Camunhas, gerente de marketing da empresa, que fatura R$ 50 milhões por ano. A empresa tem uma carteira de mais de 8 mil clientes em todo o mundo.

Fonte: O Globo – 20.02.2017

 

 

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